terça-feira, 29 de novembro de 2011

Meu coraçãozinho tá tão apertado!!! Mas muito apertado!!!
Por aqui eu percebo tudo tão confuso que eu já não sei mais o que pensar, o que eu sinto ou como devo agir. Me sinto, basicamente, no meio do fogo cruzado onde eu não sei pra que lado correr ou a quem pedir ajuda.
É estranho, porque eu (acho que) ja tomei minha decisão e, como diz minha avó, "Quando um não quer dois não brigam". Mas eu sinto tanta falta das coisas que eu achei que tinha, dos sonhos que eu achei que sonhava e acho que esse é o pior tipo de saudade: das coisas que a gente não teve. Sinto falta do toque, do olhar, do carinho, mas nada mais era (e acho que nunca será) como no início... Ahhh, o início! Momento aquele em que tudo é lindo, tu é perfeito e nos da a falsa esperança de que nada pode ser maior que aqueles momentos. Mas muitas coisas podem ser maiores, umas boas outras nem tanto, mas ainda assim maiores.
Queria tanto poder dizer tantas coisas, fazer outras muitas, mas eu não consigo. Da minha boca não sai mais nada, porque eu disse tantas vezes que parece que nunca disse nada. Nos meus ouvidos reinam apenas os últimos três desejos e isso sim me maltrata!
Agora, me resta só continuar andando em frente e correr atrás das coisas que eu quero e que eu preciso. Que aquelas que eu julguei não serem mais capazes de passear pelo meu rosto, sigam seu rumo logo, me deixando em paz e tirando esse aperto do meu peito!


"Que o medo que eu tenho, não me impeça de ver o que eu anseio!"

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Desabafo

Durante treze anos eu vivi intensamente os três dias mais esperados do ano. Coloquei a mão na massa, passei noites sem dormir, superei meus limites físicos e psicológicos. Alimentei por oito anos um amor que eu achei não acabaria nunca; conheci pessoas que acreditei estarem comigo sempre, do meu lado pra tudo; pensei que nunca me decepcionaria e que esse amor jamais me daria as costas. Hoje eu percebo o quanto eu me enganei. A sensação de sentir-me completamente estranha àquilo que um dia foi meu, que fez parte da minha vida por tanto tempo é indescritível. É um misto de sentimentos que te leva da raiva à saudade e te deixa completamente sem rumo, sem direção, sem chão.
Não sentir-me mais a vontade em meio àquilo que eu ajudei a construir me destrói; Saber que algumas pessoas que, antes estavam comigo e, da noite pro dia estão contra mim, por um motivo por mim desconhecido, me fere. Pessoas manipuladoras são como monstros!
Eu segui conselhos das mais diferentes pessoas, deixei de lado meu orgulho que nunca me deu nada, pra ir atrás de quem eu acreditava, de quem eu achei que não me daria as costas, de quem eu acreditava que me estenderia a mão sempre que eu precisasse, que me daria colo toda vez que eu chorasse, mas eu me enganei. E cada vez que o engano fez-se presente, pude sentir as vezes em que me apunhalava, em que me rebaixava aos demais, porque tu, como amiga que dizia ser, não tinha a obrigação de me defender quando eu não estivesse presente, o que me entristece é saber que tu me expos de forma negativa como os demais.
Abandonar o que fez parte da minha história há treze anos me dói, mas me machuca ainda mais desistir dos último oito anos, desistir daquilo que eu achei que seria pra sempre, mas o "pra sempre, sempre acaba"! Porque eu não tenho que te pedir desculpas pelas coisas que tu me disse e que tu me fez, até porque eu não faço nada pra te agradar, e mesmo que eu faça alguma coisa, como tu disseste, nada do que eu faça te agradará!
Lavo minhas mãos e minha alma!

sábado, 30 de julho de 2011

Um lugar aonde eu (não) vivo

A cidade que eu vivo tornou-se um lugar totalmente estranho. Gravataí ocupa as páginas dos jornais e as matérias dos telejornais com noticias que me envergonham. São denuncias de corrupção, nepotismo, calunia, gente sem ter o que fazer e culpando o governo por coisas que nem sabemos se é ou não verdade. 
Nunca fui uma pessoa ligada a política, muito pelo contrário, eu detesto política e nunca curti fazer campanha quando trabalhava na prefeitura. Me custava muito convencer as pessoas de coisas que nem eu acreditava. 
Do jeito que as coisas andam nesse país, onde hoje os políticos querem se eleger para conseguir dinheiro as custas dos eleitores e não para dar uma vida melhor pra população, ver Gravataí sendo noticia em função da falta de vergonha na cara de tanta gente, me deixa envergonhada de ser Gravataiense.
Eu realmente não sei até que ponto todo esse mar de acusações é verdade, até que ponto é invenção de um bando de gente que não tem o que fazer. A única coisa que eu sei é que tem gente que merece se dando mal e MUITA gente que não merece se dando mais mal ainda. O pior de tudo isso são os respingos. Sim, porque sobra até pra quem não tem nada a ver com toda a sujeira (e eu falo sujeira de modo geral, não de casos específicos) e acaba pagando pelos erros dos outros.
Eu não to do lado de ninguém, não defendendo ninguém. Estou apenas defendendo meu ponto de vista que é: se realmente existem culpados que eles sofram as consequências de seus atos, sozinhos. Que não levem consigo pessoas inocentes que, na tentativa de fazerem um trabalho honesto, caíram de gaiato numa história que não é sua; Que aprendam, de uma forma ou de outra, a serem honestos, a terem carater e a terem educação porque essas três coisas (e mais umas outras) não são coisas que possamos adquirir, elas nascem conosco e simplesmente temos ou não.
E que tem muita batata assando ai, tem!!! Acho melhor cada um cuidar do seu rabo, hein! #FicaDica

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O segredo dos meus olhos

Quieta no meu canto, devidamente munida dos meus óculos escuros, me recolhi e pensei nas tantas coisas que aconteceram e que aconteciam. Por saber que "meu rosto é um transmissor transparente de cada pensamento meu", optei por ficar a observar, a pensar de longe.
Repassei alguns momentos e pude sentir novamente as mesmas sensações de fatos vividos. Me questionei: aonde foi parar aquele "Eu te amo" que me era dito?! Aonde foi para a empatia, a sintonia?!
Percebi o tanto de coisa que eu achei que tivesse, que os momentos vividos foram tão superficiais para os outros; o que é importante pra mim, é considerado besteira para os demais. Aonde foi parar aquele: "São pessoas como tu que alegram os meus dias!"; aonde foi parar aquele: "Não esquece que eu te amo"?!
Existem coisas que não vale mais a pena correr atrás, tentar insistir pra que dê certo, porque nada mais será como foi um dia. Tem coisas que o tempo não traz de volta, não cura, não leva consigo, e eu vou ser eternamente responsável pelas tantas coisas que eu (não!) cativei.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Desabafo

Eu fui contra tudo o que todo mundo dizia. Eu contrariei os meus princípios, as minhas ideias, os meus valores e conceitos, pra mostrar pra mim e pros outros que as pessoas podem mudar, que elas podem ser diferentes de tudo aquilo que dizem. Mas tu me enganou.
Contra tudo o que eu pensava e sentia, eu resolvi me permitir viver em um mundo paralelamente alternativo ao meu e, de novo, tu me enganou.
Com o tempo eu aprendi a respeitar tuas limitações, teus defeitos e fraquezas. E tu me enganou; Aprendi a conviver com a tua forma de agir e pensar, sempre tão diferente da minha. E tu me enganou; Resolvi acreditar nas palavras tão cheias de carinho e futuro remetidas por ti, afinal era diferente de tudo o que eu já tinha visto e vivido. E, mais uma vez, tu me enganou; Aprendi a entender o teu olhar e a reconhecer as coisas que eram importantes pra ti. E, além de tudo, tu me enganou. De certa forma entendi a maneira como tu pensa e o teu ponto de vista sobre as mais diferentes coisas e, quando eu pensei que nada mais poderia dar errado, tu me enganou.
Eu abri mão de um mundo que era meu, onde eu estava quieta e cheia de dúvidas e medos, resolvi contrariar a tudo e a todos e quando percebi me envolvera por uma ilusão. Mas em meio a todas essas mentiras, enganações, ilusões e fantasias; Além de todas as coisas que foram vividas e ditas; Além da todas as vezes que me expus pra ti dizendo das mais variadas e iguais formas a maneira como eu me sentia e pensava, eu ganhei duas coisas e descobri uma: ganhei as certezas de que nada do que eu disse e sinto foi levado a sério, acompanhada da também certeza de que, nenhuma das vezes que eu GRITAVA pra ti as minhas angustias eu fui ouvida. Descobri que não valeu a pena e que a pessoa que mais enganou alguém foi eu mesma: Eu mesma me enganei, porque eu sabia como seria e me enganei acreditando que poderia ser diferente.
Sabe por quê? Porque eu não mudei, foste tu quem nunca me olhou da forma como mereço. Na verdade, de repente, eu até possa ter mudado, porque eu sempre busco o melhor pra mim e 'para os meus' em tudo, mas nunca é suficiente só eu querer, só eu mudar, só eu lutar pra que as coisas deem certo. Ninguém muda ninguém, as pessoas mudam se quiserem melhorar. E eu mudei, mas continuo a mesma!
E depois de quase um ano, a cada novo dia eu descubro o que tu não é e o tanto de coisas que tu fez. Descubro a tua falta de coragem, a tua crueldade, a tua indiferença, o teu egoísmo. Descubro que me ver assim, faz com que te alegre, com que tu goste e que a partir de hoje, definitivamente, eu não quero mais nada que venha de ti porque, como eu já tinha dito antes, tu não me faz bem e eu preciso de pessoas que me façam bem, que não sejam cruéis comigo e que me respeitem acima de tudo. E contra tudo o que eu sinto, porque eu preciso fazer o que é certo e não o que é mais fácil, eu te peço: ME ESQUECE!
E eu to pouco me importando com a exposição! Que se dane o mundo eu quero mesmo é ser feliz!!!


Obrigada!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Do lado de cá

O fato é que eu me cansei de ser eu mesma! Cansei de dizer que não gosto de pessoas com que eu nunca falei (o que não fez com que eu mudasse completamente, ainda existem aquela que eu nunca nem sequer vi o rosto, mas a simples pronuncia do nome me causa coisas), cansei de GRITAAR pra quem quiser ouvir o quanto eu amo e o quanto eu gosto, cansei do egoísmo alheio, da hipocrisia, falta de senso e humildade, cansei das pessoas fúteis, das pessoas fáceis demais, das difíceis demais, das que acham que o mundo é cor de rosa. Cansei das pessoas que me julgam e que não me largam, cansei de ser àquela que todo mundo diz que é braba. Cansei das pessoas que me humilham, me expõem, que expõe a minha vida, que me oprimem achando que só porque o seu mundo é cor de rosa e sua vida é fácil, acha que a minha também é... E pra essa galera eu digo: A MINHA VIDA NÃO É COR DE ROSA!!! Muito pelo contrário, ela tá é mais pro azul e quer saber do que mais? Eu não tenho uma rotina nada fácil tá, eu visito TRÊS cidades diferentes no mesmo dia pra poder trabalhar, estudar e morar... Então eu tenho motivos e razões para ter olheiras e sentir-me cansada!!!
Na verdade é mais um desabafo, saca?! Tipo, eu cansei de sentir tanta coisa e de não sentir tantas outras. To de saco cheio das coisas que estão acontecendo nos últimos oito meses e eu não quero mais sentir isso, pensar nisso, chorar por isso, sofrer por isso porque, mesmo que seja uma 'escolha' minha, essa situação também não ta nada fácil. Eu nao aguento mais ver isso todos os dias, saber das noticias e fatos... tipo, me esquece, saca?! Me deixa quieta, me deixa na minha e fica na tua quando eu to na minha!! Me larga pra eu conseguir me reabilitar e viver bem...
É um misto de tudo junto e nada ao mesmo tempo... Não sei explicar, mas do lado de cá ta PunkRockHardCore e eu quero (e preciso) VIVER!!! To cansada de SOBREVIVER!!!!


Pronto, falei!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ele, com seu pouco tempo de vida, nem sabe da minha existência, de quem eu sou ou qualquer outra coisa do tipo. 
Eu nunca, jamais, tive a oportunidade de pegá-lo no colo, ouvir sua voz suave, dar-lhe um abraço, brincar, interagir com ele. Jamais tive a oportunidade de sentir seu cheio, de vê-lo interagir com a família.
Nunca tive a oportunidade de poder pegar um brinquedo, na tentativa de distraí-lo, para que paresse de chorar e poder dizer-lhe: "Oooh meu amor, não foi nada. Foi só um susto!" e acolhê-lo em meu abraço.
Jamais pude sentir seu cheiro de bebê (limpo um sujo), trocar uma fralda ou dar-lhe um banho. Poder brincar com sua roupa enquanto, supostamente, lhe vestiria de forma rápida, mas engraçada, para que ele - mesmo não sendo meu - não se resfriasse, nem viesse a adoecer.
Jamais tive a oportunidade de poder chamá-lo por seu nome e admirar a expressão de seu rostinho ao ouvir cada uma das quatro letras dessa palavra. Ficou apenas na minha memória, na minha imaginação as tantas vezes em que me imaginei na companhia deste ser tão pequeno, não ingenuo, tão delicado. Guardo com carinho as vezes que me imaginei chegando em sua casa, cumprimentando os parentes e pegá-lo, junto do responsável, para passarmos o dia juntos, para passearmos e eu poder, de uma forma ou de outra, demonstrar-lhe todo o meu amor.
E como é grande o meu amor! Eu que jamais tive nenhum tipo de contato com este ser tão angelical, tão fascinantes em sua pureza, sinto um amor e uma saudade tão grande que me da vontade de chorar. Toda vez que vejo suas fotos, que vejo seus vídeo aonde ouço a reprodução de sua voz, fico feliz de vê-lo alegre, saudável e feliz. E, inevitavelmente, pelo rosto rolam algumas lágrimas, por amá-lo de uma forma tão intensa e inexplicável e nunca ter tido a oportunidade de expressar todo esse sentimento.
Não cabe aqui nomear este anjo de quem não conheço nem o timbre da voz, nem o tamanho da mãozinha, tampouco seu cheirinho, mas cabe expor aqui - e que eu possa, pelo menos aqui - dizer o quanto lhe amo, o quanto sinto sua falta mesmo sem nunca ter lhe conhecido.

domingo, 24 de abril de 2011

A nossa existência é um eterno ciclo de repetições, um vai e vem de fatos recorrentes e decorrentes dos mesmos erros e dos mesmos atos. E é pra me acostumar com a ideia de que os fatos se repetem de tempos em tempos (sendo que o intervalo entre uma repetição e outras, muitas vezes, é curto) é que ainda me encontro sob "observação" por tempo indeterminado.
O que eu pretendo dizer (mais uma vez) é o seguinte: Não importa o quão importante alguém seja pra ti, mais cedo ou mais tarde essa pessoa (sempre) irá lhe decepcionar, e você terá de perdoá-la por isso. E a minha pergunta é: existe algum limite no que refere-se a quantidade de vezes que alguém 'pode' nos magoar/chatear? E será mesmo que, todas as vezes que isso acontecer, eu tenho que relevar/perdoar?! Será que as pessoas tem 'vida social útil, no sentido de que eu (personagem ilustrativo) 'sou boa' para alguém, enquanto eu servir para alguma coisa que beneficie um terceiro?! E ai quando eu não tiver mais serventia, me deixa de canto como um brinquedo velho e, quando não tem mais 'com o que brincar' (entenda-se não tem mais para onde correr) resgata àquele brinquedo velho e volta a utilizá-lo?!
Com base nas diferença que temos, envolvendo àqueles de quem gostamos e àqueles de quem não gostamos, li uma crônica do Luis Fernando Veríssimo na Zero de Hora de hoje, intitulada de "O formato do umbigo" que resolvi compartilhar aqui. Segue abaixo:


"Aquela 'pasta' curta e oca que os italianos chamam de 'pene' tem este nome porque lembra o pênis, mas não deve ser verdade que a inspiração para o nome veio do pinto pequeno do Davi de Michelangelo. Os mesmos italianos dizem que os "tortellini" têm o formato do umbigo de Vênus, mas este parâmetro, como o pinto de Davi, também não é universal, felizmente. A variedade de umbigos - côncavos, convexos, redondos, alongados,etc. - é, mesmo, uma das coisas que nos diferenciam um dos outros.
***
Muitas coisas nos unem. Somos todos bípedes mamíferos. Todos os nossos antepassados, sem exceção, eram férteis. Todos sobreviveram até no mínimo a puberdade e todos tiveram ao menos uma relação sexual, digamos, convencional e procriaram. Somos portadores de uma linha ininterrupta de DNAs triunfantes, portanto, e esta ascendência idêntica nos permite não só um sentimento de família como um certo orgulho do que contamos como espécie. A Natureza e os germes tem feito o possível para interromper nossa linhagem, mas perseveramos e prevalecemos. Pelo menos até agora.
(...)
O formato do umbigo é uma das pequenas coisas que determinam se somos minoria ou maioria na nossa própria espécie. Podemos pertencer a categorias dominantes ou a pequenas dissidências, sem nunca saber. Quantos homens botam a mão na cintura quando fazem xixi? Ou uma mão na cintura enquanto a outra garanta a pontaria? Somos multidões ou uma confraria que não se conhece? É mais comum abotoar a camisa de cima para baixo ou de baixo para cima? E comer a casca do queijo? Ou gostar de bife de fígado? Você pode se achar meio esquisito sem suspeitar que a maioria das pessoas tem a mesma esquisitice, ou achar perfeitamente normal mastigar a gravata e não entender a estranheza dos outros. O importante é, minoria ou maioria, nunca perder a consciência de que somos todos descendentes da mesma linhagem, a dos que venceram tudo que conspirava contra sua reputação. E temos os umbigos para provar"

quarta-feira, 23 de março de 2011

Assim...

"Vezes e vezes seguidas, entretanto, conhecemos a linguagem do amor e o pequeno cemitério ali, com seus nomes molancólicos, e o abismo terrivelmente silencioso no qual os outros caem: vezes e vezes seguidas nós dois andamos juntos sob árvores antigas, nos deitamos vezes e vezes seguidas sobre as flores, face a face com o céu" 

Rilke

...Sonhei contigo e até teu cheiro eu pude sentir... E acordei (óbvio) chorando, por saber que a realidade, nesse quisito, é cruel e nos deixa distantes um do outro...

domingo, 20 de março de 2011

Relatos de um tempo fora - parte 2

Quanto mais os dias passam e as coisas acontecem, menos tudo faz sentido pra mim.
Do décimo sexto andar eu contemplo o sol nascer no Guaíba e a cidade aos poucos acordando. Enquanto isso a brisa da manhã toca meu rosto e acaricia meus cabelos, me dando bom dia!
A medida que os carros e as pessoas vão colorindo e dando movimento à cidade, eu meu pergunto: "O que o dia me reserva pra hoje?!". Avisto lá embaixo um mar de gente que corre o dia todo, todos os dias, que não sabem nem da minha existência, assim como eu não sei da existência delas e me questiono: "Quantas tantas pessoas eu já conheci ao longo dos anos e que hoje desconheço?!" Eu sou uma dessas pessoas que por anos eu conheci, e hoje me desconheço. Não me reconheço e me vejo perdida no meu próprio mundo.
E no meio desse turbilhão todo, fui surpreendida por algo que foi se chegando de mansinho, como quem não quer nada e foi conquistando seu espaço. Meio de canto, de forma discreta foi tomando conta de mim de uma forma que eu nem percebi e jamais suspeitaria. Me deparei inúmeras vezes com os obstáculos resultantes do domínio de tudo isso em mim e o diagnóstico me surpreendeu: eu, que sempre disse que só era dominado por isso, quem tinha falta de vergonha na cara, fui pega, dominada e amarrada a tudo isso. Surpresa, raiva e um certo nível de desespero: foram essas as minhas reações. A situação, os fatos que aconteceram me deixaram doente fisicamente, internamente e emocionalmente e só quem pode recolher os pedaços que ficaram pelo chão, secar as lágrimas derramadas e dar um passo de cada vez, sou eu mesma.
E, em meio a tudo isso, a brisa ainda beija meu rosto na altura do décimo sexto andar,me chamando para ir com ela. Assim, eu pulo!


*** Mais uma marca que me deixou, e essa será pra sempre. Em sete meses tudo mudará pra sempre! ***

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Observações

Aqui tem cinco (das muitas) coisas que você precisa saber sobre mim:


"1. Tenho em elevada estima a minha própria opinião. Geralmente, acredito que sei como é que todo mundo deve levar a vida; e você, mais do que ninguém, será vítima disso.


2. Exijo um volume de devoção que deixaria Maria Antonieta envergonhada.


3. Na vida, tenho muito mais entusiasmo do que energia de verdade. Na minha empolgação, costumo aceitar mais do que consigo dar conta, física e emocionalmente, o que me faz desmoronar com demonstrações bastante previsíveis de exaustão drástica. Você é que será encarregado de passar a vassoura e catar os pedacinhos toda vez que eu exagerar e depois me desintegrar. Isso será chatérrimo. Já peço desculpas com antecedência.


4. Às claras, sou orgulhosa; em segredo, crítica e intolerante; e nos conflitos, covarde. Às vezes tudo isso coincide e me transformo numa baita mentirosa.


5. E o meu defeito mais desonroso: embora eu leve muito tempo para chagar a esse ponto, assim que decido que alguém é imperdoável, essa pessoa assim será pela vida toda - com demasiada freqüência, eliminada para sempre, sem aviso prévio, explicação nem segunda chance."

Relatos de um tempo fora - parte 1

Percebi que as coisas mudaram e as pessoas também. Eu mudei e talvez por isso esteja vendo as coisas e as pessoas de forma diferente. O fato de ter me afastado da "Pessoa x" me fez perceber que eu amava sim, estar com ela - a pessoa -, que as coisas que me dizia me faziam bem. Só que nos últimos (muitos) meses algumas coisas mudaram e aquele "sentir-se a vontade" para falar de tudo parece que foi embora. Percebo que, de alguma foram, se afastou e ainda não dei-me conta do motivo, só sei que nada foi como era antes. A "Pessoa x", desde que nos conhecemos, sempre foi muito prática e me dizia (entenda-se aconselhava) o que fazer em determinadas situação e muitos desses conselhos eu segui, mas hoje, quando algumas coisas simplesmente martelam na minha cabeça, eu percebi que, sim o amor a ela - a pessoa - acho que permanece incondicional, os conselhos e as dicas foram aceitas e nem sempre seguidos, mas eu sou eu não sou quem ela - a pessoa - gostaria que eu fosse. E, pra um monte de coisas, infelizmente eu não sei ser prática nem objetiva. E acho que, mesmo de forma involuntária, tentar me mudar, me transforma depende única e exclusivamente de mim. 
Certa vez me disseram que eu tenho vocação pra sofrimento, e de repente eu tenha mesmo e por saber coisas que só eu sei e sentir coisas que só eu sinto, optei por não mais falar sobre determinados assunto, principalmente os que dizem respeito ao meu coração. Acho que foi a partir dai que a distância começou.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Empty

Nos último dias sinto um vazio... uma falta de uma coisa que eu não sei bem o que é (na verdade eu até sei, mas prefiro fingir que não sei), e quando olho pra trás percebo apenas marcas, pegadas de algumas coisas que passaram por mim, passaram pela minha vida se foram e não sei exatamente o que fizeram comigo e pra mim. De certa forma algumas coisas ainda mexem comigo, mas não sei exatamente de que forma isso reage em mim...
Que seja, um dia tudo isso tem fim... Até porque nada dura pra sempre "nem minha mãezinha que é a pessoa que eu mais amo no mundo!"



P.S.: Inscrição: Ok! Passagens: Ok! Hospedagem: Ok! Uhuuuu... em breve novidades!!!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Refletindo

Estou meio afastada do mundo bloguístico, porque estou colocando algumas coisas no seus devidos lugares. Assim como 2010 foi um ano diferente, um ano pra mim, também quero que 2011 seja um ano diferente, mas será um ano em que eu serei diferente. Então, para isso, estou tomando algumas decisões, revendo minhas necessidades e traçando novos planos. Não sei se dará certo, só sei que não está sendo fácil. Estou revendo uma série de coisas e entre elas até minhas amizades, meus contatos. Estou mudando minha visão sobre um monte de coisas também.
Por enquanto é isso, assim que as coisas se decidirem, estiverem certas e acontecendo da forma que eu quero, eu volto e conto pra vocês tudo o que se passa por aqui...




"... encontre alguém novo para amar um dia. Leve o tempo que precisar para sarar, mas não se esqueça de um dia compartilhar o seu coração com outra pessoa..."

domingo, 16 de janeiro de 2011

Pensamento


"Ainda não sabia o que eu merecia. Talvez eu ainda não saiba totalmente o que mereço. Porém, o que sei é que, ultimamente, eu me recuperei e tornei-me alguém muito mais intacto"




Comer Rezar Amar - Elizabeth Gibert