segunda-feira, 25 de julho de 2011

O segredo dos meus olhos

Quieta no meu canto, devidamente munida dos meus óculos escuros, me recolhi e pensei nas tantas coisas que aconteceram e que aconteciam. Por saber que "meu rosto é um transmissor transparente de cada pensamento meu", optei por ficar a observar, a pensar de longe.
Repassei alguns momentos e pude sentir novamente as mesmas sensações de fatos vividos. Me questionei: aonde foi parar aquele "Eu te amo" que me era dito?! Aonde foi para a empatia, a sintonia?!
Percebi o tanto de coisa que eu achei que tivesse, que os momentos vividos foram tão superficiais para os outros; o que é importante pra mim, é considerado besteira para os demais. Aonde foi parar aquele: "São pessoas como tu que alegram os meus dias!"; aonde foi parar aquele: "Não esquece que eu te amo"?!
Existem coisas que não vale mais a pena correr atrás, tentar insistir pra que dê certo, porque nada mais será como foi um dia. Tem coisas que o tempo não traz de volta, não cura, não leva consigo, e eu vou ser eternamente responsável pelas tantas coisas que eu (não!) cativei.

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