sábado, 30 de julho de 2011

Um lugar aonde eu (não) vivo

A cidade que eu vivo tornou-se um lugar totalmente estranho. Gravataí ocupa as páginas dos jornais e as matérias dos telejornais com noticias que me envergonham. São denuncias de corrupção, nepotismo, calunia, gente sem ter o que fazer e culpando o governo por coisas que nem sabemos se é ou não verdade. 
Nunca fui uma pessoa ligada a política, muito pelo contrário, eu detesto política e nunca curti fazer campanha quando trabalhava na prefeitura. Me custava muito convencer as pessoas de coisas que nem eu acreditava. 
Do jeito que as coisas andam nesse país, onde hoje os políticos querem se eleger para conseguir dinheiro as custas dos eleitores e não para dar uma vida melhor pra população, ver Gravataí sendo noticia em função da falta de vergonha na cara de tanta gente, me deixa envergonhada de ser Gravataiense.
Eu realmente não sei até que ponto todo esse mar de acusações é verdade, até que ponto é invenção de um bando de gente que não tem o que fazer. A única coisa que eu sei é que tem gente que merece se dando mal e MUITA gente que não merece se dando mais mal ainda. O pior de tudo isso são os respingos. Sim, porque sobra até pra quem não tem nada a ver com toda a sujeira (e eu falo sujeira de modo geral, não de casos específicos) e acaba pagando pelos erros dos outros.
Eu não to do lado de ninguém, não defendendo ninguém. Estou apenas defendendo meu ponto de vista que é: se realmente existem culpados que eles sofram as consequências de seus atos, sozinhos. Que não levem consigo pessoas inocentes que, na tentativa de fazerem um trabalho honesto, caíram de gaiato numa história que não é sua; Que aprendam, de uma forma ou de outra, a serem honestos, a terem carater e a terem educação porque essas três coisas (e mais umas outras) não são coisas que possamos adquirir, elas nascem conosco e simplesmente temos ou não.
E que tem muita batata assando ai, tem!!! Acho melhor cada um cuidar do seu rabo, hein! #FicaDica

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O segredo dos meus olhos

Quieta no meu canto, devidamente munida dos meus óculos escuros, me recolhi e pensei nas tantas coisas que aconteceram e que aconteciam. Por saber que "meu rosto é um transmissor transparente de cada pensamento meu", optei por ficar a observar, a pensar de longe.
Repassei alguns momentos e pude sentir novamente as mesmas sensações de fatos vividos. Me questionei: aonde foi parar aquele "Eu te amo" que me era dito?! Aonde foi para a empatia, a sintonia?!
Percebi o tanto de coisa que eu achei que tivesse, que os momentos vividos foram tão superficiais para os outros; o que é importante pra mim, é considerado besteira para os demais. Aonde foi parar aquele: "São pessoas como tu que alegram os meus dias!"; aonde foi parar aquele: "Não esquece que eu te amo"?!
Existem coisas que não vale mais a pena correr atrás, tentar insistir pra que dê certo, porque nada mais será como foi um dia. Tem coisas que o tempo não traz de volta, não cura, não leva consigo, e eu vou ser eternamente responsável pelas tantas coisas que eu (não!) cativei.