quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ele, com seu pouco tempo de vida, nem sabe da minha existência, de quem eu sou ou qualquer outra coisa do tipo. 
Eu nunca, jamais, tive a oportunidade de pegá-lo no colo, ouvir sua voz suave, dar-lhe um abraço, brincar, interagir com ele. Jamais tive a oportunidade de sentir seu cheio, de vê-lo interagir com a família.
Nunca tive a oportunidade de poder pegar um brinquedo, na tentativa de distraí-lo, para que paresse de chorar e poder dizer-lhe: "Oooh meu amor, não foi nada. Foi só um susto!" e acolhê-lo em meu abraço.
Jamais pude sentir seu cheiro de bebê (limpo um sujo), trocar uma fralda ou dar-lhe um banho. Poder brincar com sua roupa enquanto, supostamente, lhe vestiria de forma rápida, mas engraçada, para que ele - mesmo não sendo meu - não se resfriasse, nem viesse a adoecer.
Jamais tive a oportunidade de poder chamá-lo por seu nome e admirar a expressão de seu rostinho ao ouvir cada uma das quatro letras dessa palavra. Ficou apenas na minha memória, na minha imaginação as tantas vezes em que me imaginei na companhia deste ser tão pequeno, não ingenuo, tão delicado. Guardo com carinho as vezes que me imaginei chegando em sua casa, cumprimentando os parentes e pegá-lo, junto do responsável, para passarmos o dia juntos, para passearmos e eu poder, de uma forma ou de outra, demonstrar-lhe todo o meu amor.
E como é grande o meu amor! Eu que jamais tive nenhum tipo de contato com este ser tão angelical, tão fascinantes em sua pureza, sinto um amor e uma saudade tão grande que me da vontade de chorar. Toda vez que vejo suas fotos, que vejo seus vídeo aonde ouço a reprodução de sua voz, fico feliz de vê-lo alegre, saudável e feliz. E, inevitavelmente, pelo rosto rolam algumas lágrimas, por amá-lo de uma forma tão intensa e inexplicável e nunca ter tido a oportunidade de expressar todo esse sentimento.
Não cabe aqui nomear este anjo de quem não conheço nem o timbre da voz, nem o tamanho da mãozinha, tampouco seu cheirinho, mas cabe expor aqui - e que eu possa, pelo menos aqui - dizer o quanto lhe amo, o quanto sinto sua falta mesmo sem nunca ter lhe conhecido.

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