sexta-feira, 5 de março de 2010

Recadinho

Não é que eu não esperava. Na verdade eu esperava sim. Eu só não queria acreditar que tu seria mais um do tipo que se esconde atrás de um sorriso aberto mas tem medo de assumir teus medos e angústias.



O que eu não esperava, realmente, era estar mais uma vez certa do que aconteceria. Eu tentei várias vezes dizer a mim mesma: “Não, ele é diferente. Ele não passou dias na minha casa e eu na dele pra NÃO estar pronto pra seguir adiante”, mas eu estava errada. Tentei manter as coisas quentes em minha cabeça, mas na verdade eu já sabia o quanto frias elas estavam – e só piorariam com o passar dos dias.


Não vou fingir que está tudo bem, e, já que comentaste da dificuldade de interpretação dos meus textos, a ponto de confundires os protagonistas, vou deixar tudo bem explicado neste aqui: eu fiquei muito decepcionada com as últimas atitudes. As tuas atitudes. A verdade é que eu fiquei braba, de cara, chateada, mal por ter me enganado quando tudo dizia o contrário. Tentei de formas novas pra mim fazer com que as coisas funcionassem bem e “dessem certo”. Me enganei.


Eu perdi o chão após nossa última conversa. Não de depressão ou porque meu mundo supostamente vai acabar sem tu nele; mas pela intensidade das últimas semanas, não achava que nosso afair fosse tão efêmero...eu achava que havia significado mais do que apenas algumas horas de boa diversão – para ambos os lados. Mas me enganei de novo.


Minha reação foi física: eu fiquei com vontade de gritar, de chorar, de vomitar de raiva. Veja bem, de raiva. Raiva porque eu não costumo trazer para minha vida qualquer pessoa. Não costumo participar da vida de qualquer pessoa. Minha cautela é grande porque tenho cuidado comigo e com os outros. Fiquei com raiva porque te trouxe pra dentro do meu mundo e por pior e mais complexo e confuso que ele possa ser ele é meu, com as pessoas que pra mim fazem a diferença e são importantes. Ao me levar pro teu mundo, pros teus amigos e família, eu acreditei que usarias da mesma cautela, mas adivinha...me enganei de novo!


Então, resumindo, foi um "jogo de 07 erros"... todos eles na minha parte da história. Me enganei N vezes sobre N coisas diferentes. Acreditei em coisas que talvez eu não devesse, mas mais uma vez o erro foi meu, o engano foi meu.


Pela sucessão dos erros, eu sinto por mim mesma. Pela falta de coragem pra assumir as coisas, eu sinto por ti. E no final das contas, sinto muito por nós dois.

2 comentários:

Reka! disse...

Aaaaiiii
Uuuuiii
Meu deus...
Speechless...

Bárbara disse...

Ai.
Doeu em mim.
Mas...
Não há homem raso que te mereça.
Tu já nasceu cheia...
de vida, de poesia, de flor, de riso, de amor!
Um home raso jamais vai conseguir viver à sombra de uma mulher que nem tu...