sábado, 28 de fevereiro de 2009

"...tudo passa, tudo sempre passará..."

Depois de Abril, quando o mundo começou a rodar de uma forma meio "fora de órbita" pra mim, muitas coisas aconteceram, outras tantas começaram a fazer sentido. Algumas pessoas foram embora, outras tantas se aproximaram. Porém, uma delas em especial. E hoje, sem fazer nada demais, lembrei das inúmeras noites em que fiquei acordada até tarde apenas para passar horas olhando o rosto lindo, o sorriso doce, o olhar aconchegante e carinhoso que "ele" sempre dedicava a mim. Senti saudades das coisas que dizíamos, da maneira que nos conhecemos, de como nos vimos pela primeira vez - a luz de velas - dos planos que fazíamos, dos lugares que fomos juntos quando "ele" veio pra cá novamente. A única pessoa que eu gostei de verdade depois de Abril. Da saudade inexplicável que eu sentia do cheiro "dele", do gosto "dele", da presença "dele". "Jogo de amor em Las Vegas", esse foi o filme - o único - que vimos juntos. E como foi engraçado "vê-lo" comer sushi, a cara "dele" quando pisou no meu vestido e o "pior" quase aconteceu, as cervejas que tomamos juntos, as danças, as risadas que demos juntos no dia em que "abençoamos" nossos afilhados, a volta pra casa, as pessoas que tive a oportunidade de conhecer estando com "ele"... As mensagens que trocávamos, a maneira como nos tratávamos. Nossa cumplicidade me encantava, me conquistava cada vez mais. A cada dia eu estava apaixonantemente apaixonada. Fazimos planos para que eu passasse meu aniversário junto "dele", "ele" me viu inúmeras vezes dormir e vice-versa, "ele" me viu chorar, me viu sorrir, me viu gargalhar. Planejamos o presente dos nossos afilhados, rimos tanto juntos. Aquele olhos verdes mutantes me deixavam cada dia mais encantada. Passei a fazer parte do dia-a-dia "dele" e "ele" do meu. Sabíamos exatamente o que cada um fazia em cada horário, fazia-lhe companhia no seu elaborado jantar composto apenas por um miojo e um copo de suco. Isso me divertia muito. E a saudade crescia cada dia mais, e cada dia mais eu me sentia apaixonada.
Mas essa "linda" história, que se iniciou da forma mais inesperada possível - assim como todo o decorrer dela - terminou igualmente de forma inesperada, pelo menos pra mim. Com toda essa convivência eu aprendia a "entendê-lo" apenas pelo olhar, e pela forma que "ele" me escrevia certas coisas, e nesse dia, como em todos os outros, eu não estava enganada e fui checar minha caixa de e-mails. Lá estava o e-mail "dele" que quebraria todo o encanto que alimentava minha alma, iluminava meu rosto e fazia meu coração bater descompassado. A alegria havia chegado ao fim.
E, desde então, nossas conversas nunca mais foram as mesas - é óbvio - "ele" optou por um caminho inesperado pra mim e eu fiquei, como quem gosta verdadeiramente de alguém fica, esperando. Mas não esperei por muito tempo não, foram apenas três meses. No começo achei que o rumo que "ele" havia tomado era errado, que "ele" estava precipitando-se, que "ele" não seria feliz assim e que quando "ele" se desse conta disso eu estaria de braços abertos - e como sempre com um sorriso no rosto - esperando por "ele". Chorei muito, com certeza. Doía sim, mas era suportável. Porém, a pouco dias atrás, alguns fatos me fizeram ver o quanto "ele" realmente parecia feliz, o quanto o caminho que "ele" havia escolhido havia lhe deixado feliz. E desisti (desistência não é a palavra certo, mas foi a que eu encontrei) de esperar. Mas não fiquei triste com isso não, pelo contrário, me senti extremamente feliz com a sensação de dever cumprido por saber que "ele", ao contrário do que pensava, esta realmente feliz.
E, depois de tudo isso, lembro "dele" claro com saudades, mas com muito carinho e orgulho. Sim orgulho, por poder ter em minha história a única pessoa que eu gostei, e que da forma "dele" gostou de mim, que foi verdadeiro e honesto comigo todas as vezes que foram necessárias, que junto comigo ficou acordado até tarde me ajudando a fazer um artigo para a faculdade, que em algumas vezes duvidou de mim, e surpreendeu-se quando eu disse que conseguiria e consegui. Levarei para sempre comigo a lembrança do sorriso doce de menino, o carinho daqueles olhos verdes mutantes e o respeito que sempre teve comigo.
Uma das maiores saudades que sinto na vida é essa. E, depois da série de livros que estou lendo, a saudade aumentou. Saudades de ter alguém para amar de verdade, alguém para gostar de verdade, de me tirar o fôlego, de me deixar abobalhada, como ele me deixava. Alguém que goste de mim independente dos meus defeitos e qualidades. Que me tenha exatamente do jeito que eu sou: Simples e transparente!!

Um comentário:

Bárbara disse...

4M's pra ti:
Minha Martha Medeiros Melhorada.
Coisa mais linda isso!