Cinco dias de folga. Descanso. Dorme tarde. Acorda mais tarde ainda. Come porcaria. Praia. Pensa. Pensa. Analisa. Imagina. Pensa, pensa, pensa. Hoje, meu último dia de folga e amanhã tudo volta, parcialmente, ao normal. Telefonemas, e-mail, clientes, orçamentos, contratos, conversas. Esse dias me fizeram pensar em muitas coisas: nos meus amigos, no que já fiz da vida, no que quero pra minha vida, nessa merda dessa crise econômica, no meu coração e, claro, no meu trabalho. Li algumas cronicas na Zero Hora - Veríssimo e Moacir Sclyar -, algumas matérias na Você S/A, reportagens na TV. Tudo esta girando nessa merda dessa crise financeira que o retardado do Bush nos deixou quando saiu da Presidência dos Estados Unidos. E é nesse momento que eu me questiono: como é que pode, o cara a quilômetros de distância de nós e, mesmo assim, consegue ferrar com todo mundo? Nunca entendi muito de economia - mal sei administrar meu dinheiro -, mas vivendo esta crise uma série de questionamentos me vieram a cabeça: se, sem crise, as pessoas mais carentes já passam necessidades, imaginem agora? Se, sem crise, é tão difícil viajar, imagina ir pra praia?? Ta loco... Mas eu fui. É, a Réka me convidou pra ir à Cidreira com ela e o Babalú. Eu arrumei minhas coisas e, na sexta-feira, lá fomos nós. Fiquei quatro dias sem fazer absolutamente nada. Mas foi fantástico. Falamos algumas inúmeras vezes "Cachorro é tudo de bom". A facerice da Panqueca e da Ninoca quando chegamos, o companheirismo da Ninoca sempre na nossa volta, e claro, abanando incansavelmente seu rabo preto. Olhando pra gente com cara de criança alegre, parecendo estar sempre com um sorriso no rosto. Pegando a minha mão e pedindo que fizesse carinho nela. A esperteza da Panqueca em ir buscar o jornal pro Seu Roney. A obediência das duas que ficavam secando a comida em seus pratos, mas apenas chegavam perto quando a D. Elair dizia "agora podem comer". LINDAS!
Mas pensei. Pensei muito. Ri bastante, falei besteira demais. Fiz meus pedidos pra Janaína, vi um véio bêbado perguntando se o Régis era jornalista e quase me contorci de tanta vontade de rir. E nessa mesma vontade de rir, falamos inglês com sotaque baiano, tomamos uma tunda do liquidificador tentando fazer um patê - Where is the 'tampa'? -, me finei de rir do Régis imitando a Manú dizendo 'seis', fazendo a propaganda da "Funerária Agricultor, há dez anos plantando o homem na terra".
Pensamos, eu e a Réka, em abrir uma loja e o mais divertido, além das nossas idéias super criativas, foi o nome das linhas, as coleções e, claro, a loja: Zigfrida Fashion, Babalú Girls, Marca Diabo, Chinfrim.... Nossa, pensamos em tantos...
Pensei, pensei, pensei... Pensei no meu coração, nas pessoas que habitam ele, nas que eu gostaria que habitassem, e nas que já não habitam mais. Pensei nas coisas que já fiz por ele e com ele, será que se tivesse tomado decisões sem a emoção, seria diferente?? Pensei nas aparecias depois de ter lido uma crônica da Martha Medeiros - fazia tempo que não me inspirava nela - que falava sobre as decepções que temos quando crianças, da parte de confiar em todas as pessoas que nos cercam, que nos remetem um simples sorriso, e quando essas pessoas nos mentem, nos enganam, nos decepciona o quanto ficamos tristes. Lembrei das decepções que me causaram, nas que causei nas pessoas, e me dei por conta que ainda sou assim. Confio demais nas pessoas e sempre me decepciono. Acho que ainda não amadureci o suficiente pra conhecer o verdadeiro carater das pessoas que me cercam. Para conseguir identificar o que elas realmente querem de mim e/ou o que eu espero ou preciso delas. Droga!!!
(Nossa, realmente um assunto puxa o outro como diz a Tamara)
Mas é isso. Agora eu estou mais "vestida e armada com as roupas e armas de São Jorge, para que meus inimigos tendo mãos, não me toquem. Tendo pés, não me alcancem. Tendo olhos não me vejam. E nem em pensamento eles possam me fazer mal."
Beijinhos, abraços e carinhos sem ter fim a todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário