terça-feira, 18 de agosto de 2009

"...Quanto antes se fala, mais cedo se cura!"

E ontem eu chorei. Chorei como a tempos eu não chorava. Chorei por sentir meu peito apertado, angustiado e, mais uma vez, machucado. Me entristeci. Me entristeci por saber que as coisas não mudam, que a história, por mais que mude seus personagens, não muda. E dessa mesma história que se repete pela terceira vez, eu tive uma atitude consideravelmente inteligente: não fiz com os outros o que eu não gostei que fizeram comigo.
E durante a noite eu chorei. Chorei por saber como tudo acabaria, pela forma como tudo começou o final não tinha como ser diferente. O contexto é o mesmo, a situação é a mesma e o sentimento, tanto o de antes quanto o de agora eram da mesma intensidade de antes.
E com o passar das horas eu chorei. Chorei por sentir saudades dos planos que um dia eu tive, mas foram jogados ao vento. Chorei porque perdi um sonho, me desfiz de um plano por uma vontade alheia, deixei que meu desejo, que as minhas vontades fossem decididas por terceiros e me acovardei perante a frustração.
E ouvindo música eu chorei. Chorei porque eu sei o quanto eu sou carinhosa, atenciosa, compreensiva e realmente maravilhosa para com as pessoas que eu gosto - inclui amor - e em troca, cada vez mais, eu recebo apunhaladas, indiferença, desrespeito e descosideração.
Será que ninguém realmente se importa com o que eu sinto como parece?! Será que fazem isso comigo de propósito?! Será que é tão fácil assim desgostar de alguma coisa ou de alguém como parece?!
E pelo mesmo motivo eu chorei. Chorei porque já havia vivido isso antes e por quê dessa vez seria diferente?! Não preciso necessariamente de palavras para expressar o que eu penso e/ou sinto, basta olhar-me. E, neste momento, todas as palavras não seriam suficientes nem capaz de falar por mim.
E sozinha no meu quarto eu chorei. Chorei porque queria entender as motivações, as razões e as consequências de tudo isso. Obtive algumas respostas de momento, mas nenhuma delas realmente me convenceu, me fez aceitar tudo isso. Porque não posso mais pensar em tudo isso da mesma forma e com a mesma intensidade que pensava há algumas horas atrás. Não por vontade minha, mas por vontade de situação.
E mais uma vez eu chorei. Chorei por sentir o que eu não queria. Chorei por querer quem não podia. Chorei pelo breve momento que eu tive e não podia. Chorei pelas coisas que passei e não queria. Chorei pelas lágrimas que rolaram e o meu peito expremiam. Chorei por sentir que a verdade, mais cedo ou mais tarde, apareceria. Chorei por saber que tudo isso um dia acabaria...


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