segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

20 anos

"Nem por você, nem por ninguém eu me desfaço dos meus planos
Quero saber bem mais que o seus vinte e poucos anos..."
20 ANOS!!! Meus Deus!
O tempo passa! E rápido. Vinte anos, aparentemente pouca coisa... Quando olho certas coisas, ou certas pessoas e digo: "Gente eu to ficando velha" e as pessoas se surpreendem quando digo que tenho 'apenas' vinte anos. Mas, querendo ou não, eu to ficando velha sim. Os primeiros fios de cabelos brancos já começaram a nascer. Alguns fios das sombrancelhas já não crescem mais. Eu já sai da fase de crescimento (agora é só para os lados e para frente...heheheh...). Às vezes observo aqueles que são consideravelmente, alguns dois ou três anos mais novos que eu, fazendo coisas que, hoje, considero ridiculas. Mas, gente, eu já tive essa idade e, se duvidar, fiz pior que isso.
Neste vinte bem vividos anos de vida, posso dizer que tenho tudo. Uma família que, apesar das dificuldades, sempre esteve do meu lado, meu afilhado amado 'Henrique' que está a caminho, meus avós que, antes de qualquer coisa, são grandes exemplos pra mim. Alguns amigos que têm estado do meu lado já tem um tempo como a Marina, que conheço há uns bons cinco anos ou mais, a Cuca que ta comigo a pouco mais de um ano, mas que parece sempre ter estado ao meu lado ao longo destes vinte anos.
Posso dizer, também, que são vinte anos de saudades. Sim, saudades, pois dizem que "a saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena". Sinto saudades de passar as tardes na casa da Vó Eva comendo pão de açucrinha e olhando desenho deitada debaixo da mesa de centro da sala; de ir pra chácara aos domingo de manhã cedo com o Vô Titi de carroça, de plantar feijão debaixo de um sol forte, de correr de medo dos porcos gritando... Saudades de brincar de casinha com a Rafaela que, por sinal ta uma moça linda, maior que eu já. Saudades de andar no buggie do Lucas, saudades de brincar de salão de beleza e de escritório com a Mana. Saudades de fazer cabaninha no quarto da Ana Cláudia, durante as inumeras vezes em que dormi na casa dela. Saudades de jogar volei e taco na rua com os guris. Saudades do colégio. Das besteiras ditas durante as aula, da bagunça que disperdisava 80% das aulas, das colas passadas pelo celular e escritas atrás das calculadoras durante as provas de física e matemática. Saudades até dos sermões diárias do Antônio Carlos, saudade das conversas, das avacalhações do Adal e do Juba. Saudades dos meus fedores, do Mumu, da Fran, da Cassi, da Telma, da Dine, da Drika, do Léo... Saudades da Ilha. Saudades dos verões, das festas, das músicas, dos lugares, do primeiro pileque, dos amores. Saudades de todos aqueles que amei, nem que tenha sido por um brevíssimo instante, mas todos eles me marcaram de alguma forma. "...Foram tantos os que me amaram, foram tantos os que eu amei. Mas tu, que rude contraste, tu que jamais me beijaste, só tu nesta alma ficaste, de todos os que eu amei...". Saudades do primeiro beijo. Do dia em que consegui andar de bicicleta sozinha. Do dia em que fui, pela primeira vez, sozinha para a escola. Do dia que aprendi a dirigir. Saudades, também, dos que já se foram. Me lembro como se fosse hoje as palavras doces do Tio Frank, quando nos falamos pela última vez: "Come teu mousse minha filha, come.", ele adorava os meus quadros. Saudades do Molina dizendo "Vem cá pintinho" com aquele carregado sotaque espanhol dele. Saudade de descer a lomba da rua em carrinho de rolimã com a Ana Cláudia e o Ulisses, das festinhas de Natal da rua feita com os vizinhos. "Oh que saudades que tenho, da aurora da minha vida, da minha infância querida, que os anos não trazem mais." Saudades da minha inocência, da minha ingenuidade, de fazer as coisas sem pensar nas consequencias, achando que meus atos nunca iam dar em nada, e se desse dava bem pouquinho (hehehe...) Adolescente inconsequente, mas sempre com a cabeça no lugar (as vezes até demais)
Tenho saudades até das coisas que eu não tive, das angustias que surgiam no meu peito sem hora, nem local. das vontades subitas de chorar e querer sumir, me esconder.
Mas é isso ai. 20 anos. Duas décadas. Tantas e tandas saudades.
Uma mordida de cachorro, uma cicatriz na perna por causa de um tombo de bicicleta, outra cicatriz na perna por ralar o joelho no asfalto descendo lomba em carrinho de rolimã, quatro cicatrizes nas costas por conta de sinais que tirei, uma cicatriz no umbigo por causa de um piercing repentino depois da aula... Marcas da vida. Registros da minha existência, das minhas experiências. Sem tatuagens (por enquanto), sem vícios não-saudaveis.
Parabéns. Mais felicidades, mais sucesso e mais tudo de bom pra mim. SEMPRE!!!
"...Parabéns pra você, nesta data querida
Muitas felicidades, muitos anos de vida..."

2 comentários:

Reka! disse...

Parabéééééééns!!!!!

Bárbara disse...

Chorei.
Meu deus que coisa mais linda.
Vou mandar pra Zero Hora, garanto que desbanca a Martha Medeiros na hora!
Te adoro!
Beijossssss!

Obs.: Faltou: saudade das fugas, das noites não dormidas, das mentiras de adolescente.
heeheh