sábado, 25 de outubro de 2008

"Quanto antes se fala, mais cedo se cura"

"...I hope you don't mind that I put down in words..."

“E desde então, sou porque tu és... E desde então és, sou e somos...E por amor Serei... Serás...Seremos...”

Em homenagem “àqueles dois” que cada dia tem um significado maior pra mim. Principalmente “ela” que num curto intervalo de tempo me proporcionou momentos inesquecíveis, com pessoas insubstituíveis.
E depois que as coisas passam e coloco os pensamentos no lugar é que eu me lembro das palavras da Fê: “Se Deus ta te tirando isso agora, é pra te dar algo melhor na frente. Deus está reservando algo melhor pra ti” Sábias palavras as da Piri. E, de repente hoje, depois do tempo que se passou desde então, eu talvez entenda o que a Fê me disse, mas não aceite agora. Porém, uma coisa é certa: “Nada é por acaso, tudo é questão de merecimento”, e se não deu certo agora, talvez por “termos nos conhecido na época errada”, daqui um tempo, depois que a poeira baixar, que as coisas estiverem em seus devidos lugares e a sombra do passado voltar a respeito de uma decisão tomada precipitadamente, ou no calor da hora, retorne à lembrança as risadas, os carinhos, os olhares, os toques, as brigas, as palhaçadas, ou até mesmo os momentos em que nada foi feito, mas de alguma forma – ou de alguma coisa – a saudade solicitará ter de volta a vaga sensação daquele momento e é obvio que de alguma forma ela se fará presente no presente – não com a mesma intensidade até porque feridas existem, mas o tempo se encarregará delas. Mas exatamente neste momento é necessário que cada um siga o seu caminho independente se a escolha foi certa ou errada, até porque se tivéssemos certeza de nossas escolhas estaríamos eternamente livres do arrependimento que corroe.
As coisas e pessoas vão e vem. O mundo gira, re-gira. As pessoas casam e se separam. A saudade vem e vai e isso é absolutamente normal, mas tenho certeza que quando isso acontecer poderei dizer
“que nada foi em vão... Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena.”
"...How wonderful life is while you're in the world..."

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Paro e penso. Logo, me sinto uma inútil

Em meio a aula de Iniciação ao Conhecimento Científico, percebi o quanto eu me sinto inútil frente a incoerência e falta de preparo de alguns professores da universidade.
Tendo em vista que esta atividade acadêmica visa o conhecimento do aluno referente aos trabalhos científicos, o que tenho visto em aula é uma grande palhaçada e percebendo que cerca de R$1.236,00 estão sendo colocados fora. Explicarei por quê: a aula de Iniciação tem como objetivo auxiliar, instruir, orientar o acadêmico quanto aos passos que devem ser seguidos para a execução dos trabalhos na universidade – citação, fichamento, resenha, comparação, etc. – justamente com as insuportávies normas da ABNT. Para que esta “cadeira” possa ser cursada, exigem-se alguns pré-requisitos básico – “cadeiras” obrigatórias – tais como: Teoria da Comunicação, História da Comunicação, Carreiras da Comunicação entre outras que tratam da evolução do homem, da escrita, enfim, da Comunicação como um todo.
No entanto, nesta grande porcaria de aula que ocupa cerca de quatro horas das minhas quartas-feiras durante todo um semestre, tem me revelado a grande falta de preparo, em destaque, da Professora (que se diz Doutora) de quarta-feira. Após o grande fiasco que foi a primeira parte do Grau A, a excelentíssima Professora Doutora (como eles gostam de se denominar assim) de Iniciação ao Conhecimento Cientifico começou a dar sua aula visando chamar nossa atenção para os erros de português. Eu, que quando quero sou bem desaforada, disse o seguinte à ela: “Professora, minha aula de português é na sexta-feira”. Ela não me respondeu absolutamente nada. Foi então que ela largou as seguintes pérolas: “As palavras ‘onde’ e ‘cujo’ são preposições e não podem ser usadas neste caso.” MEU DEUS!!!!! Quando ela disse isso, arregalei os olhos e processei a informação. Pensei com meus botões:
“Quais são mesmos as preposições? A, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. CADÊ O ‘ONDE’ E O ‘CUJO’???? Assassinou o português."
E assim ela continuou: “
Gente eu já fiz a chamada, quem quiser sair pode sair, eu não sei os nomes de vocês, não vou dar falta”
Porém (mas, porém, contudo, entretanto, todavia, no entanto), a aula do dia tinha o propósito de começarmos o embasamento de um trabalho do Grau B, e ela larga uma aula que fala sobre René Descartes – assunto visto em Antropologia Filosófica -, a Comunicação entre os Macacos no tempo do Ariri e por ai vai. NADA A VER COM O TRABALHO!!!
Ta pra nascer alguém que goste tanto de falar merda, coisas erradas, e AME neologismos mais do que ela: “Há muito tempo atrás...” e “complexificando” foram as mais fortes (depois das novas preposições, é claro).
A essa altura da aula, longe de casa e de carona, só me restava rir, tamanho era o meu desespero.
Achei um sarro a breve conversa que se estabeleceu entre meus colegas, iniciada pelo AA: - Mas é muita falta do que fazer!!! A MM continua:
- Ela nasceu com dois neurônios só. E a EE completa:
- Essa mulher é louca. É uma doente. Como é que deixam isso dar aula??? Caimos todos na risada.
E nessas horas eu me pergunto: que excelente Relações Públicas eu serei. Olha a base que eu tenho. A louca sabe menos do que eu se duvidar e ainda pago +/- R$600,00 por mês pra ter um ensino precário, ridículo, completamente sem fundamento o que me deixa intensamente irritada e desgostosa!!!

Meus pais pagaram cerca de R$43.200,00 nos meus estudos (sempre escolas particulares) e durante os doze anos que passei na escola, ouvia dos meus professores e meus pais o quanto era importante estudar para ser alguém na vida. No Ensino Médio, ouvia, juntamente com meus colegas, que faculdade era coisa séria, não era a moleza do colégio, que tínhamos que ser esforçados, estudar muito para conseguir ingressar em um boa faculdade e ser um profissional competente, e, depois de tanto tempo é isso que eu vejo. Um ensino superior deficiente, carente de bons profissionais, de pessoas qualificadas.
Governantes, Diretores de Escola, Psicólogos – sei lá, seja quem for – pelo amor de Deus, escolham melhor àqueles que educarão nossas crianças, pois o mercado de trabalho e a sociedade estúpida em que vivemos escolhem os melhores, os mais qualificados. A educação neste país pede socorro!!!!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Até que ponto chega a ignorancia das pessoas?!

Ontem pela manhã tive (ou pelo menos era para ter tido) aula de inglês, mas acabei me revoltando com o povo que sempre chega atrasado (quando vão) e acabam atrapalhando a aula ou às vezes fazendo com que a mesma não aconteça. Mas, enfim, o assunto não é diretamente este... Como eu ia dizendo, me estressei com o povo, cheguei em casa, liguei o PC e chamei minha chefa no msn e disse à ela: "Oi chefa, como estão as coisas ai?? Ta muito corrido? Queria ir às 13h trabalhar porque tenho algumas coisas aqui pra arrumar e queria almoçar com a minha vó - comida de vó é a melhor. E ela, que é a melhoooooor, me deu folga naquele dia lindo que fez ontem. Beleza... "vou dormir a tarde toda", pensei com meus botões.
Conversa vai, conversa vem, as besteiras rolam pelo MSN quando ela me diz que simplesmente o Coordenador de Manutenção ia dar "um jeito" nas cadelas que estavam no pátio do nosso local de trabalho - nós sabiamos muito bem o "jeito" que ele ia dar com uma marretada na cabeça de cada uma delas. Fui tomada por um desespero tão grande, tão inesperado que quando ela disse isso, liguei de imediato para minha mãe e perguntei à ela se poderiamos pegar a cadela - uma vez que meu cachorro foi covardemente assassinado com estricnina - e a Preta (a cadela) é igual ao Tuck (meu falecido cachorro), ela conversa comigo - sim, eu falo com cachorros e supreendentemente eles me respondem - e a mãe, pra minha felicidade, disse que sim!
Imagina que ele disse pra Réka que já matou duas ninhadas de cachorrinhos com marretadas na cabeça?! Como é que tem coragem de fazer isso??? Eu não consigo nem matar uma barata!!!!
No final da tarde fui com o pai buscar a mãe no trabalho dela e na volta fomos buscar a Preta e levá-la para casa. No calor que tava ontem, eu e o Fábio andamos pelo terreno atras da Preta, e ela estava bem espalhada na sombra. O Fábio pegou-a no colo e colocou dentro do carro do pai, e ela foi rumo ao novo lar com a cara pra fora da janela e a lingua também pra fora (heheheheheh...).
Linda ela!!!

Mas o que mais me impressiona nessa história toda é realmente a ignorâcia das pessoas. Imagina que um velho de aproximadamente 70 anos - segundo reportagem da ZH da semana passada - pegou uma cadela, amarrou-a ao para-choque do fusca dele, e saiu arrastando a bichina pelo bairro na tentiva de matá-la. Pra quê tanta crueldade??? E se eu pegasse ele e amarrasse-o ao para-choque do meu carro e o arrasta-se pela cidade, porquê ele ta me enxendo o saco, todos achariam um absurdo, mas de certa forma o velho deria como se defender, mas e a pobre da Cadelinha????
E as marretadas do Coordenador de Manutenção???? Vou pegar uma marreta e dar na cabeça dele, segundo ele os cachorrinhos nem sentem nada, depois pergunto a ele qual a sensação e se realmente não dói!!!

Que gente ignorante!!!

Credo!!!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A verdade me libertará

"O que deixamos para trás nesta vida é a lembrança de quem fomos e do que fizemos. Uma marca, não mais do que isso. Eu aprendi muito. Tornei-me sábio. Mas será que fiz alguma diferença? Não saberia dizer. Pas a pas, se va luènh.
Vi o verde da primavera dar lugar ao dourado do verão, o cobre do outono dar lugar ao branco do inverno, enquanto eu, sentado, esperava a luz se esvanecer. Muitas e muitas vezes perguntei a mim mesmo: por quê? Se eu soubesse como seria viver em tamanha solidão, suportar, como única testemunha, o ciclo interminável de nascimento, vida e morte, o que eu teria feito?
Aläis, o fardo da minha solidão tornou-se prolongado demais para que eu possa suportar. Eu sobrevivi esta longa vida com um vazio no coração, um vazio que, ao longo dos anos, não parou de aumentar até se tornar maior que meu próprio coração.
Eu lutei para manter minhas promessas a você. Uma delas foi cumprida, a outra não. Pelo menos até agora. Já faz algum tempo que sinto você perto. Nossa hora está quase chegando de novo. Tudo aponta para isso. (Logo a caverna será aberta) Sinto a vontade disso à toda minha volta. E o livro, que durante tanto tempo repousou em segurança, também será encontrado.
Eu encontrei. Enfim. E me pergunto, se puser o livro em suas mãos, será que ela o reconhecerá? Estará sua lembrança escrita no sangue e nos ossos dela? Será que ela se lembrará de como a capa cintila e muda de cor? Se desatar sua tira e o abrir, tomando cuidado para não danificar o velino seco e quebradiço, será que se lembrará das plavras ecoando pelos séculos passados?
Rezo para que, à medida que meus longos dias se aproximam do fim, eu tenha, enfim, a oportunidade de consertar o que um dia estraguei, para que, enfim, conheça a verdade. A verdade me libertará."

Kate Mosse - Labirinto

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Não precisa ser para sempre, mas precisa ser até o fim

Certa vez em que eu vagava a refletir sobre as causas de algumas escolhas e as conseqüências de outras, me dei por conta que as escolhas que fiz e o rumo que dei a minha vida são resulados das escolhas de outras pessoas que, sem razão lógica ou motivos convincentes - pelo menos pra mim - me levaram a sofrer "metamorfoses ambulantes" na qual eu espero pelo próximo passo.
Mas após tantas evoluções, perdida em meio ao Fratello - lancheria da Unisinos - nos meus 'devaneios lógicos' recordei-me de uma carta que minha mãe me escreveu - na verdade uma mensagem - visando incentivar-me frente a uma fase complicada onde me acovardava, desistia das minhas ambições em função de decisões tomadas por terceiros que pouco se importavam com a minha real saúde de espirito - caso você não tenha notado isso é porque fisicamente estava bem, mas aqueles que realmente me conhecem, ao me verem sorrindo, não sorriram comigo, mas me deram o ombro para que eu pudesse chorar - , são palavras por alguns já conhecidas, mas não se aplica apenas aos males do coração, mas aos males daqueles que não vão até o fim e se acovardam frente ao primeiro obstáculo.

Bom, lá vai...

" 'Para sempre', em minha opinião, é nada mais nada menos que um dia depois do outro. Ou seja, é construção. Em principio não existe. Mas basta que façamos a mesma escolha sucessivamente e teremos construído o 'para sempre'.
O que quero dizer é que o 'sempre' não é magia nem tampouco um tempo que pré-exista. Ele é conseqüência. Nada mais que conseqüência de uma sucessão de dias, vividos minuto por minuto.
Quanto ao amor, tem gente que acredita que só é de verdade se durar 'até que a morte os separe'. Outras, como o grande Vinícius de Moraes poetizou, apostam no 'que seja eterno enquanto dure'.
Eu, neste caso, admiro a coragem de quem vai até o fim, de quem se entrega inteiramente ao que sente, de quem se permite viver aquilo que seu coração pede até que todas as chamas se apaguem. Mais do que isso: até que as brasas esfriem e - depois de todas as tentativas - nada mais possa ser resgatado do fogo que um dia ardeu.
Claro que não estou defendendo a constância indefinida de atitudes desequilibradas, exageros desnecessários ou situações destrutivas. Mas concordo plenamente com o que está escrito no comovente 'Quase', de Sarah Westphal (muitas vezes atribuido a Luiz Fernando Veríssimo):
'...Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma. Um romance cujo fim é instântaneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar...'
Porque de corações partidos por causa de um amor vivido pela metade as ruas estão cheias. Assim como de almas que perambulam feito pontos-de-interrogação, a se questionar o que mais poderiam ter feito para que o outro também estivesse presente, para que não fugisse tão furtivamente, tão covardemente, tão sordidamente.
Então, questione-se: o coração ainda acelera quando o outro se aproxima? O peito ainda dói de saudade? O desejo ainda grita, perturbando o silêncio da noite? Não chegou ao fim! Não acabou.
Sei que, em alguns casos, motivos de força maior impedem um amor de ser vivido (e dái a separação pode ser sinal de maturidade), mas na maioria das vezes o que afasta dois corações é muito mais intolerância, ilusões ou auto-defesas tolas do que algo que realmente justifique o lamentável desfecho.
O outro não quer? Desisitiu? Acovardou-se? Ok! Por mais imbecil que seja, é um direito dele. Esteja certo de que você fez o que estava ao seu alcance e depois...bem, depois recolha-se e pondere: 'pros amores impossíveis tempo.'
Tempo em que você terminará descobrindo que a vida tem seu jeito misterioso de fazer o amor acontecer, mas que - no final das contas - feliz mesmo é quem, apesar de tudo, tem coragem de ir até o fim!"

terça-feira, 14 de outubro de 2008

É Proibido

"É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.
É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos
Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual."

Pablo Neruda