sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Que 2011 venha com tudo

"...Como se houvessemos laçado com nossa música, e agora o estivéssemos arrastado pelo céu noturno como se ele fosse uma imensa rede de pesca, repleta de todos os nossos destinos desconhecidos. E que rede pesada é essa, de fato, uma vez que carrega todos os nascimentos, mortes, tragédias, guerras, histórias de amor, invenções, transformações e calamidades que estão reservados para todos no ano que se inicia. Continuamos a cantar e a arrastar, mão por cima de mão, minuto após minuto, voz após voz, cada vez mais para perto. Os segundos se aproxiomam da meia-noite, e cantamos como nosso folego máximo até então e, nesse último e corajoso esforço, finalmente puxamos a rede do ano-novo por cima de nós, cobrindo com ela tanto o céu quanto nós mesmos. Só Deus sabe o que o novo ano pode conter, mas agora ele chegou e estamos todos debaixo dele."
Comer Rezar Amar - Elizabeth Gilbert

Na praia, com a companhia das gurias, refleti a respeito de algumas coisas e me dei conta do quanto 2010 foi um ano bom pra mim. Conheci muitas pessoas, trabalhei muito, reencontrei amigos, tracei planos, realizei sonhos, me apaixonei algumas vezes, ri bastante e fiz muitas pessoas rirem. Amadureci mais um pouco, me dei conta de uma série de coisas que, agora, explica uma série de fatos e o porquê da existencia de tantas pessoas na minha vida. 
Me tornei um micro empresária e abracei a bronca de abrir uma empresa sozinha, o que não é nada fácil. Me vi de frente com situações decisivas em que a minha reação seria fundamental, e mesmo assim consegui passar por cima disso. 
Chorei bastante, me vi sozinha emm um monte de dias bem como me sentia sozinha também. Meu coração dialcerou-se algumas vezes, mas reconstitui-se aos poucos com o carinho e a atenção daqueles que realmente me fazem feliz, gostam de mim e me querem bem. Me apaixonei - e como é bom apaixonar-se - e tive que me desapaixonar. Aprendi a apaixonar-me por mim, mas isso ainda está em processo de adaptação. Muitas pessoas me ensinaram um monte de coisas, e entre essas coisas aprendi a dizer não; aprendi a me amar e amar quem me ama; aprendi que eu bato de frente com tudo mundo e, exatamente por isso, não posso deixar que as pessoas me digam como agir uma vez que os assuntos envolvem me calejado coraçãozinho. Recebi feedback positivos de pessoas que surpreenderam-se com atitudes minhas, mas também recebi feedbacks de pessoas que não curtiram muitas coisas que eu fiz.
Não preparei nenhuma postagem detalhada a respeito deste ano que se finda dentro de algumas horas, mas tenho muita consciencia de que 2010 foi "O" ano. Foi o MEU ano como eu disse que seria, fiz muitas coisas de forma diferente como eu disse que faria - algumas deram certo outras nem tanto - brindei a todo mundo que vale a pena conhecer e não me arrependi de nenhuma das pessoas que conheci e reconheci. 
É, mais um ano que se finda. Mais um ano que se finda, um monte de sonhos a se realizar, cheia de perspectivas só minhas e perspectivas que envolvem outras pessoas.
Bom, desejo a todos que 2011 seja um ano cheio de todas aquelas coisas que todo mundo nos deseja e mais um monte de outras coisas. Que tenhamos calma para buscar nossos objetivos, realizar nossos sonhos e nos fazermos feliz. Que cada vez mais conheçamos pessoas novas e reconheçamos aqueles que já fazem parte de nossas vidas. Que não nos falte saúde nem paciência para lutar por nossos sonhos, que "tenhamos paz entre os homens de boa vontade" e que a vida seja simples, linda e que cada dia valha mais a pena estar por aqui!!!
Grande beijo e até 2011.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010


Estou absorvendo as coisas que estão acontecendo, pensando em tudo isso e vendo no que vai resultar. Assim que tudo estiver resolvido eu volto.

Acho que ficarei devendo uma postagem sobre o meu "anti Natal" e a retrospectiva desse ano que esta findando.

Quando as coisas aqui se acalmarem eu volto. 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Aqui

Dessa vez o Youtube bloqueou o código para postar o vídeo aqui... De qualquer forma, segue o linck para quem quiser conferir o vídeo de mais uma música que a Ana Carolina fala por mim....


Ana Carolina - Aqui

"Aqui
Eu nunca disse que iria ser
A pessoa certa pra você
Mas sou eu quem te adora
Se fico um tempo sem te procurar
É pra saudade nos aproximar
E eu ja não vejo a hora
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza, mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não da pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergas e se enxergar em mim
Aqui
Agora que você parece não ligar
Que já não pensa e já não quer pensar
Dizendo que já não sente nada
Estou lembrando menos de você
Falta pouco pra me convencer
Que sou a pessoa errada
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza, mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessa montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Aqui"

domingo, 5 de dezembro de 2010

Ela x Todos os sentimentos

" Lembro-me de me perguntar certa noite, enquanto estava encolhida no mesmo canto do meu velho sofá, novamente aos prantos por causa da mesma repetição de pensamentos tristes: 'Será que você consegue mudar alguma coisa nesse quadro, Liz?' E tudo que eu conseguia pensar em fazer era me levantar, ainda aos soluços, e tentar me equilibrar em um pé só no meio da minha sala. Só para provar que - embora eu não consiga fazer as lágrimas pararem de correr, nem modificar meu desolador diálogo interno - eu ainda não estava inteiramente fora de controle: pelo menos podia chorar histericamente, enquanto me equilibrava em um pé só. Ora, já era um começo"
Comer Rezar Amar - Elizabeth Gilbert

Ela achava que sabia o que estava sentindo e poderia até dizer que tinha tudo absolutamente sob controle. Mas as coisas não aconteceram bem assim. Ela jamais imaginou que pudesse encontrá-lo naquela festa - a festa em que comemoraria seu aniversário - e ai está o primeiro engano.
A semana que se passou, depois da última conversa que tiveram pessoalmente, foi tranquila. Conversaram, falaram besteiras como sempre e, entre tantas outras coisas que foras ditas, algumas palavras ainda ecoam em sua cabeça:
"- Sabe, eu gosto de ti, gosto da tua risada, mas eu sou um cara super chato. Sou super do mundo, nada me prende. Falo isso porque as coisas que eu faço são sempre super sinceras. Quero te ver feliz, quero te ver por perto, mas esse meu jeito de ser acaba afastando muitas pessoas, magoando elas e eu fico meio assim... Sei lá, sentimentalidades de uma noite quente, de um dia atípico."
E, quando ela viu, não acreditava que o que seus olhos lhe mostravam fosse verdade. Olhou mais uma vez para ter certeza, e seu corpo respondeu de imediato. De repente tudo misturou-se dentro dela, parecia que suas pernas não seriam capazes de sustentar seu corpo, e ela fugiu. Correu. Com os olhos fechados. Trancou-se no banheiro e dizia: "Não, não pode ser verdade!". Mas era. Não soube dizer se felizmente ou infelizmente, mas era verdade, era real o que seus olhos viam. E ai está o segundo engano.
As reações que se seguiram foras as mais diversas. Ela sentia repulsa por si mesma cada vez que via seu reflexo no espelho do banheiro da festa, sentia uma dor de cabeça que jamais sentira antes, teve a impressão de estar sozinha. Teve medo. Sentiu um misto frenético de sentimentos enquanto tantas coisas passaram por sua cabeça. Lembrou-se dele, da forma como acreditou que ele era e percebeu-se, mais uma vez, que se enganara. Calou-se. Tudo a sua volta virou silencio e ela perdeu a razão, os sentidos, a consciência. Não queria acreditar. Tudo escureceu. Preto. Vazio.
Ao retornar ao salão, as amigas questionaram se havia acontecido alguma coisa, se ela sentia-se bem, pois empalidecera de repente. A resposta dela foi "Não, está tudo bem!". E foram. Caminharam. E, quando ela virou-se para o lado, a procura dos outros amigos, deparou-se com ele. A repulsa que sentia era tamanha que não conseguia olhar em seus olhos, quiçá em seu rosto, para retribuir-lhe o cumprimento. De imediato saiu daquele local sentido, novamente, todo aquele turbilhão de sentimentos espalhar-se por seu corpo. E para o banheiro, sozinha, ela correu. Viu-se frágil, desamparada, fraca e burra ao encarar seu próprio rosto no espelho. Pensou: "Eu sou a pessoa mais fácil de enganar nesse mundo." .
Incapaz de permanecer no mesmo ambiente do seu real e atual pesadelo, foi embora. Sozinha. Machucada. A cabeça baixa. O peito apertado. Foi rumo ao seu mundo - aquele mesmo dos vinte e poucos dias no escuro - porque lá ninguém poderia entrar e bagunçar tudo. Lá ninguém poderia julgá-la. Queria dormir o resto de seus dias para não ter que pensar no que vira naquela noite. Ao ficar em silêncio no escuro, a única coisa que acendeu-se e fez barulho dentro de si foi: "Ele me deu o melhor e o pior presente de aniversário!".
E, assim, ela adormeceu. Sozinha e chorosa em seu mundo: "Não quero mais nada dele pra mim!"

"Nunca se esqueça de que, um dia, em um instante de espontaneidade, você reconheceu a si mesma como uma amiga"
Comer Rezar Amar - Elizabeth Gilbert